Ao contrário do que muitos pensam, os carrapatos não são insetos, mas sim artrópodes pertencentes à classe Arachinida, juntamente com as aranhas e os escorpiões. Possuem segmentos fundidos, sem asas nem antenas, e o número de patas varia de 3 pares na fase de larva, a 4 pares na vida adulta.
Esses aracnídeos estão presentes em quase todos os continentes e são ectoparasitos, isto é, parasitas externos, de mamíferos, de répteis, de aves e de anfíbios. São hematófagos, pois alimentam-se do sangue de animais silvestres, domésticos e até mesmo do homem.
Apresentam tamanho pequeno e podem medir de poucos milímetros até 2cm, dependendo da etapa de desenvolvimento em que se encontram. Possuem 2 fases, a de parasitismo, no hospedeiro, e a de vida livre, em que se encontram no solo, em tocas, buracos, ninhos, na vegetação ou em estruturas edificadas.
O sangue sugado dos hospedeiros nutre os indivíduos e, nas fêmeas que já foram fecundadas, também ajuda na maturação dos ovos. Os carrapatos se proliferam muito rápido e é necessário que a dedetização seja feita com agilidade, uma vez que cada fêmea pode colocar mais de 4000 ovos.
Para ingerir o alimento, o aracnídeo possui peças bucais formadas por dois palpos e duas quelíceras com dentículos e dentes. As peças são vedadas com a saliva, a fim de garantir uma sucção de sucesso. Esse sistema permite que o animal permaneça fixo até estar completamente alimentado, por cerca de 4 a 6 no estádio de larva, e entre 7 a 21 dias no estádio de fêmea
De forma diferente do que fazem as moscas e os mosquitos, os carrapatos cortam a pele do hospedeiro para introduzir todo o aparato bucal, encaixando-se no tecido. Por isso, os profissionais da saúde podem facilmente diagnosticar a origem da lesão na pele de um paciente.